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domingo, 12 de outubro de 2008

Crise evidencia erros nas políticas dos países desenvolvidos, diz Mantega

da Efe, em Washington / Folha de São Paulo. O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse neste sábado que a crise financeira evidenciou "debilidades sistêmicas" e erros nas políticas dos países desenvolvidos que durante anos se puseram como exemplos. Mantega afirmou em entrevista coletiva, no final da cúpula do G20, grupo de nações desenvolvidas e em desenvolvimento presidido pelo Brasil, que o FMI (Fundo Monetário Internacional) deverá estabelecer novos padrões para o sistema financeiro internacional que não inclua uma preferência pelas práticas das economias avançadas. O ministro prevê que uma vez que a crise seja superada haverá uma maior regulação nos mercados financeiros e se reconhecerá a importância do setor público tanto na hora de resolver a crise como de estabelecer mecanismos de supervisão. "Será necessária a participação do Governo, incluindo a nacionalização parcial e temporária de uma grande parte do sistema financeiro nos Estados Unidos e na Europa para restaurar o funcionamento dos mercados de crédito", disse Mantega. Ao mesmo tempo expressou sua esperança em que se esqueça a idéia dos mercados auto-regulados e se substitua por um sistema com maiores controles que requereria a cooperação internacional. Mantega pediu durante a reunião do G20, que contou com a presença inesperada do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, uma reforma do grupo para transformá-lo em um mecanismo capaz de responder a crises financeiras. Mencionou nesse sentido que os membros do grupo façam quatro reuniões anuais e contatos permanentes, ao invés de apenas uma reunião por ano como é atualmente. "A crise está se estendendo também aos mercados emergentes. Estamos em uma crise global que todos os governos deverão enfrentar", concluiu Mantega.

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