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segunda-feira, 27 de outubro de 2008
O passado dos VÍRUS
Há 20 anos, em janeiro de 1986, o primeiro vírus de computador foi descoberto. Chamava-se Brain e se propagava por meio de disquetes, uma forma mais lenta de se dissiminar, comparada à rapidez da internet.
Apesar do Brain ser o primeiro vírus a se ter conhecimento, ele não é considerado o primeiro código malicioso. A "honra" cabe ao vírus Elk Cloner, escrito por Richard Skrenta, que infectava máquinas Apple II.
Evolução
Vírus do setor de inicialização ("vírus de boot", no jargão) hoje estão extintos, mas tiveram um reinado que durou de 1986 a 1995. Já que a propagação era feita apenas por disquetes e de um computador para outro, níveis de infecção só se tornariam altos meses ou anos depois de seu lançamento.
Isso começou a mudar em 1995, com o desenvolvimento do vírus de macro, que explorava vulnerabilidades nos antigos sistemas operacionais Windows. Por cerca de quatro anos, os vírus de macro reinaram pelo mundo de TI e os prazos para propagação maciça diminuíram para um mês após a primeira detecção.
Quando o e-mail começou a ficar popular, porém, vermes que poderiam causar epidemias globais em questão de um dia logo surgiram. O mais notável - e também um dos primeiros - foi o Loveletter, ou ILOVEYOU, uma praga que fingia entregar uma carta de amor ao internauta. Antes de ser controlado, em 1999, o Loveletter causou prejuízos estimados em até nove bilhões de dólares, segundo a empresa de segurança mi2g.
Em 2001, o tempo de propagação diminuiu de um dia para uma hora com a chegada das pragas de rede, como o Blaster e o Sasser. Em uso até hoje, as técnicas empregadas nesses dois worms ainda são copiadas nas ameaças atuais.
Segundo a F-Secure, atualmente existem por volta de 150 mil vírus, mas o número continua a crescer rapidamente. As principais mudanças nesses últimos 20 anos não foram os métodos de infecção ou técnicas para enganar o internauta, mas sim o motivo pelo qual as pessoas começam a criar vírus.
Para a empresa finlandesa de segurança, a atividade perdeu o status de "hobby" para chegar às gangues criminosas internacionais em busca de ganho financeiro. E essa moda não parece ter um fim próximo.
Já o FBI (Federal Bureau of Investigation), nesta quinta-feira (19/01), afirmou que os crimes por computadores custaram 67,2 bilhões aos negócios norte-americanos, nos últimos 12 meses, sendo que os vírus e worms representam a principal fatia das perdas.
É Mikko Hypponen, chefe de pesquisas da F-Secure, que dá o tom do futuro. "Já encontramos até indícios de que os criadores de vírus estão de olho em laptops conectados a redes locais como próximo vetor de propagação. Seja qual for o próximo passo, será interessante ver que tipos de vírus estaremos combatendo pelos próximos vinte anos - pragas infectando casas inteiras, talvez?".
Compilado de idg now publicidades.
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