E o Paraíba? II

Esse blog tem por prioridade fazer uma maior interação entre notícias e interessados, sei que não há possibilidade de nós pobres mortais acompanharmos tudo o que acontece em tempo real, até porque nossas vidas são por demais dinâmicas. Tenho acompanhado o desenrolar das manifestações contra a possível transposição do RIO PARAÍBA para atender a demanda de água potável para a megalópole São Paulo, pelo que li apenas alguns municípios do Sul do estado do Rio, entre eles Volta Redonda, estão participando da tal manifestação, isso não quer dizer que não hajam representantes daqui do Norte Fluminense, que fique claro, apenas não há citação de presença de representantes de nossa parte do Estado. Fiquei muito assustado com os dados que a seguir vou transcrever e que reforçam a tese de um comentário na postagem anterior sobre a iminente morte de nosso Rio Paraíba: O presidente do Sindicato dos Engenheiros (Senge), João Thomaz apresentou dados sobre o abastecimento das bacias hidrográficas. “São 180 cidades banhadas pelo rio, sendo 88 em Minas Gerais , 53 no Rio de Janeiro e 39 em São Paulo. No quesito indústrias são: 4 mil no Rio, 2 mil em Minas e 3 mil em São Paulo. O esgoto industrial: 2,24 em SP, 11,14 no RJ e 0,27 em MG. Esgoto agrícola: SP 8.03, RJ 17,54 e MG 4,71. São 1 bilhão de litros de esgoto despejados no rio Paraíba do Sul” explicou João, informando que apenas o município de Pindamonhaga (SP) trata 100% do esgoto. “Não sabemos como ele vem suportando, pois está virando uma vala de esgoto, ainda mais com os acidentes com despejos de produtos químicos”, ressaltou João. (Do blog SOS Rios do Brasil – Senge de Volta Redonda) É estarrecedor saber que nós do Rio somos responsáveis pela maior parte do que representa a poluição do Paraíba, e ainda digo mais, ou melhor questiono, será que o pessoal do CEIVAP de nosso estado não teria conhecimento destes dados? E ainda, sendo esta entidade um órgão de utilidade pública e, portanto tendo voz ativa junto aos poderes concedidos, qual, ou quais são as providências e ou os projetos foram realizados para iniciar JÁ uma força tarefa para solucionar estes problemas. Não me chamem de louco, mas onde é que vai parar essa desgraça toda? E voltando ao assunto transposição já estou preocupadíssimo com o resultado daquelas reuniões lá pelo Sul do estado, um dos participantes alegou o seguinte: "O problema é iminente e São Paulo tem que arrumar uma alternativa para abastecer a macrometrópole. É preciso tomar uma decisão agora e uma das possibilidades é a de sangrar as águas do Paraíba. Existe água disponível, mas o comprometimento com o Rio de Janeiro impossibilita", disse o deputado Emanuel. Para Carlinhos, o fórum mostrou que há um grande consenso contra uma possível transposição das águas do Paraíba. "O Estado não fez sua lição de casa ao cuidar de seus mananciais, então deve reaproveitar da melhor forma os recursos hídricos que dispõe por meio de leis e medidas administrativas." (Postado por Blog Água: Dona da Vida - Bióloga Raquel Almeida). E então? E Atafona? E Farol? Existe uma tese (não me lembro à fonte) de que o problema de recuo do oceano seja por causa da falta de água no Paraíba, procede? Não sei, não sou oceanógrafo ou de profissão correlata, o que sei é que “na duvida não ultrapasse”.