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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Primeiro capítulo (eita ousadia!)
A aventura do velocípede!
Terça ou quarta-feira não há como precisar o dia apenas que teria uns sete anos e meu irmão cinco (mil novecentos e sessenta e nove), a mãe prepara as bolsas e o tio Caçula já está na bicicleta aguardando para levar a mim e meu irmão mais novo, seus sobrinhos mais velhos, para passar uns dias de férias no sítio, uma pequena propriedade que ficava a uns poucos quilômetros de nossa casa.
Passavam poucos dias do natal e nosso presente foi um velocípede (triciclo) daqueles maiores com um banco para o piloto e outro atrás em um plano mais baixo junto ao eixo traseiro para o carona. Dois garotos sedentos por aventura e um jovem tio que adorava patrocinar as loucuras dos meninos. Imaginem... Partimos os três em ‘viajem’, não tenho muitas imagens da jornada, lembro apenas de diversas brigas para pilotar a ‘máquina’ (rs), mas no final das contas por obviedade eu acabei pilotando mais que meu irmão , faltou-lhe pernas para concluir (rebocados pelo tio, santa paciência do jovem!), e então chegamos na casa da vovó, interessante que nunca citávamos como a casa do vovô, esta fica a uns cem metros da estrada principal. A fome era grande e logo encostamos na mesa para encher a barriga. Biju, tapiocas, sola doce (doce de biju), banana figo (três quinas) assadas na chapa do fogão a lenha, e café com leite aquecido!
Comemos de estufar as barrigas e a lezeira encostou, nesse dia lembro ainda da preocupação da vovó Ziza, muito atenciosa e enérgica, pois não acordávamos de jeito nenhum para o jantar, (segundo os tios contaram nos dias seguintes).
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